• Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
close
search
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
search

##TWEET

Tweet

De Davi a Golias, ou como Israel vem ganhando territórios desde 1948

Mais Lidos

  • Robert Prevost insiste em seus discursos e aparições públicas na defesa intransigente da paz, em certo modo como continuidade à postura de Francisco, mas também como sintoma da brutalidade e violência de nossos tempos

    Papa Leão XIV: primeiras impressões de um novo pontificado. Massimo Faggioli, Brenda Carranza e Luís Corrêa Lima

    LER MAIS
  • Sempre à beira de se converter em ditaduras, democracias liberais burguesas operam formalmente, via estado de exceção; devir-Gaza do mundo está em curso, sob a coalização EUA-Israel em uma guerra civil planetária

    A democracia liberal como condição de surgimento do fascismo. Entrevista especial com Rodrigo Karmy Bolton

    LER MAIS
  • “Para a Igreja, a nova questão social é a inteligência artificial”, segundo Leão XIV

    LER MAIS

Vídeos IHU

  • play_circle_outline

    MPVM - 4º domingo de Páscoa – Ano C – A missão de cuidar da vida e cuidar da humanidade

close

FECHAR

Image

COMPARTILHAR

  • FACEBOOK

  • X

  • IMPRIMIR PDF

  • WHATSAPP

close CANCELAR

share

21 Novembro 2023

Em meio à guerra entre Israel e o Hamas a que assistimos, é mais necessário do que nunca compreender as causas históricas deste conflito que devasta a região há mais de um século.

Neste artigo proponho descrever em linhas gerais as mudanças territoriais pelas quais a região passou desde a criação do Estado de Israel em 1948.

A reportagem é de Eduardo Baura García, publicada por The Conversation, 18-11-2023. A tradução é do Cepat.

Eduardo Baura García, doutor em Ciências Humanas, diretor da Graduação em Educação, professor de História Contemporânea e Educação na Universidade CEU San Pablo.

O plano de divisão da ONU

No dia 29 de novembro de 1947, a Assembleia Geral da ONU aprovou a Resolução 181. Este acordo, referendado com 33 votos a favor, 10 abstenções e 13 votos contra, consagrou a divisão do Mandato Britânico da Palestina em dois Estados. Em termos gerais, a resolução contemplava a criação de um Estado fundamentalmente judeu, que correspondia aos territórios mais povoados pela referida comunidade, e outro território árabe, deixando Jerusalém – o local mais cobiçado tanto por judeus como por muçulmanos devido ao seu caráter sagrado – como zona de administração internacional.

Plano para a divisão do território da Palestina pela ONU, em 1947. Rowanwindwhistler/Wikimedia Commons, CC BY-SA

Ora, esta divisão em dois Estados, que hoje é aceita por grande parte da comunidade internacional como a melhor opção para resolver o conflito, não foi bem recebida na época por todos.

Muitos judeus saíram às ruas para celebrar a criação de um Estado nacional. Este era um anseio tradicional que se tornou mais intenso com a ascensão do sionismo e as perseguições às comunidades judaicas durante o final do século XIX e a primeira metade do século XX, especialmente durante o regime nazista. Não em vão, na festa da Páscoa judaica muitas famílias brindavam dizendo “no próximo ano, em Jerusalém”.

Embora nem todos os judeus fossem a favor do Estado de Israel – uma facção dos ultra-ortodoxos opôs-se, e continua a fazê-lo, uma vez que de acordo com o Talmud, os judeus não poderiam ter o seu Estado até a chegada do Messias –, a alegria da maioria desse povo contrastava drasticamente com a consternação com que a população árabe residente na Palestina recebeu a resolução da ONU.

Para eles, a divisão do território significou a negação do desejo de um Estado árabe que abrangesse toda a região. Além disso, significava que uma parte considerável da comunidade árabe viveria num Estado governado por judeus, algo que os muçulmanos não estavam dispostos a tolerar... e, de acordo com as pesquisas mais recentes, parece que os líderes judeus também não estavam dispostos a tolerar...

A resolução da ONU previa que a formação de ambos os Estados entrasse em vigor no dia 15 de maio de 1948, quando o último soldado britânico deixasse a região.

Entretanto, durante os meses que faltavam até aquela data, as facções mais violentas de ambas as comunidades decidiram travar uma luta feroz. O objetivo era que, através dos fatos, em maio de 1948 os territórios do seu respectivo país fossem maiores do que o estipulado no plano da ONU.

Naquela época ocorreram massacres realmente brutais, como o de Deir Yassin, localidade onde as forças paramilitares judaicas do Irgun assassinaram mais de cem árabes, incluindo mulheres e crianças. Uma atrocidade que seria denunciada até por Albert Einstein, uma das mais importantes personalidades judaicas da época.

A criação de Israel e o início das guerras árabe-israelenses

Finalmente chegou o dia marcado em vermelho. No dia 14 de maio de 1948, de madrugada, David Ben Gurion proclamou o nascimento do Estado de Israel. Poucos minutos depois, foi reconhecido pelos Estados Unidos.

Nesse mesmo dia, os vizinhos Transjordânia, Egito e Síria, auxiliados por tropas iraquianas e libanesas, declararam guerra ao novo Estado. Passaram então a ocupar os territórios destinados a constituir o novo país da Palestina: a Cisjordânia, no caso da Transjordânia, e Gaza, ocupada pelo Egito.

Esta manobra foi um primeiro exemplo daquilo que, com o passar do tempo, se tornaria uma constante: a utilização do povo palestino nas mãos dos seus vizinhos árabes para alcançar os seus próprios objetivos políticos e territoriais.

Contra todos os prognósticos, Israel aproveitou-se da desunião do lado inimigo e conseguiu deter o seu avanço. Obteve assim uma vitória que, com o tempo, seria conhecida como “a guerra da independência”. Este nome contrasta com a denominação palestina do referido conflito: Nakba, “o desastre”.

Além de implicar o deslocamento de quase um milhão de refugiados palestinos, este primeiro conflito foi decisivo em termos geográficos. Após o armistício assinado em 1949 entre Israel, Egito, Transjordânia (e Jordânia), Líbano e Síria, o território palestino – um país que nunca foi efetivamente estabelecido – ficou dividido, até hoje, em duas áreas distintas: a Cisjordânia, ocupada pela Jordânia juntamente com a parte oriental de Jerusalém (incluindo o Muro das Lamentações) e Gaza, ocupada pelo Egito.

As guerras subsequentes entre Israel e os Estados árabes vizinhos apenas exacerbariam esta deriva territorial, em que o primeiro continuaria a aumentar a sua dimensão em detrimento dos palestinos. Isto aconteceu de forma marcante em 1967, após a brilhante e esmagadora vitória israelense na Guerra dos Seis Dias, que marcou a culminância das conquistas territoriais israelenses, ao tomar o controle da Cisjordânia, de Gaza, da Península do Sinai e das Colinas de Golã.

Israel e os territórios ocupados após a Guerra dos Seis Dias. Kordas/Wikimedia Commons, CC BY-SA

Contudo, a conquista mais importante e simbólica dos israelenses nesta guerra foi a conquista de Jerusalém Oriental. Pela primeira vez em mais de dois milênios, os judeus recuperaram o controle do seu santuário: o Muro das Lamentações, o único vestígio permanente do lendário Segundo Templo.

No entanto, os jordanianos mantiveram a autoridade sobre a Esplanada das Mesquitas localizada logo acima. Ali se encontram os lugares sagrados islâmicos que fazem de Jerusalém a terceira cidade sagrada para os muçulmanos: as mesquitas de al-Aqsa e a Cúpula da Rocha.

Tentativas de alcançar a paz

Após a Guerra do Yom Kippur (1973), na qual a Síria e o Egito pegaram o governo israelense de Golda Meir desprevenido e estiveram prestes a derrotá-lo, começaram as conversações entre Israel e o Egito.

Estas negociações culminaram nos Acordos de Camp David de 1977. Estes representaram o primeiro reconhecimento oficial da existência de Israel por um Estado árabe – o que custaria a vida do presidente egípcio Anwar el-Sadat anos mais tarde –, bem como a retirada israelense da Península do Sinai.

Contudo, na Palestina as coisas não mudaram e a sua população continuou exigindo a criação do seu próprio Estado. Após a Primeira Intifada, a OLP, uma organização liderada por Yasser Arafat que afirmava representar o povo palestino, começou a negociar diretamente com Israel. Os resultados destas conversações foram a Conferência de Paz de Madri (1991), primeiro, e os Acordos de Oslo/Washington (1993), mais tarde. Este foi o momento em que se esteve mais perto de alcançar uma solução pacífica para o conflito, embora os elementos mais extremistas, tanto do lado israelense como do lado palestino, tenham sido responsáveis por arruinar essas esperanças. O melhor exemplo foi o assassinato do primeiro-ministro Yitzhak Rabin, em 1995, pelas mãos de um extremista nacionalista israelense.

Apesar de tudo, estes acordos, baseados na premissa “paz por territórios”, deixaram claro o roteiro que deveria ser seguido no futuro. Em troca da cessação das atividades terroristas da OLP e de outros movimentos palestinos, Israel devolveria os territórios até então ocupados na Cisjordânia. Isto seria feito através de um sistema complexo em que este território seria dividido em três tipos de zonas (A, B e C), que gozariam de diferentes graus de autonomia, com o objetivo de se tornarem progressivamente zonas independentes de Israel. Tal fim nunca foi alcançado, mas ocorreu a divisão entre as três zonas, resultando numa configuração territorial ainda mais complicada da Cisjordânia.

Mapas do Estado de Israel e da Palestina. O da esquerda é de 1994, após os Acordos de Oslo. Em azul claro, o Estado de Israel; em azul escuro, os territórios da Cisjordânia ocupados ilegalmente por Israel, e em verde, os territórios palestinos controlados pela ANP. No mapa da direita, de 2007, pode-se ver como a Faixa de Gaza, em vermelho, não é mais controlada pela OLP, mas pelo Hamas. Wikimedia Commons, CC BY-SA

Em 1994, a Autoridade Nacional Palestina tornou-se o titular nominal do governo tanto em Gaza como na Cisjordânia. Esta situação perdurou até 2006, quando o Hamas venceu as eleições em Gaza e assumiu o poder naquele território. Desde então, o que conhecemos como Palestina tem sido governado de uma forma bidirecional, com uma ANP mais moderada na Cisjordânia e um Hamas beligerante e violentamente anti-Israel na Faixa de Gaza.

Apesar das diferentes escaladas que ocorreram na região – guerras entre Israel e o Líbano, diferentes intifadas… –, desde então a situação territorial não mudou substancialmente. O que restou foi a ocupação constante por Israel de áreas da Cisjordânia através da criação de colonatos que foram repetidamente denunciados como ilegais pela ONU.

Esta política expansionista, intensificada nos últimos meses pelo Governo de Benjamin Netanyahu, somada ao histórico de privações sofridas pelo povo palestino, estão sem dúvida entre as razões do sangrento ataque do Hamas no dia 7 de outubro. Uma ação terrorista desprezível que deve ser condenada com força e sem paliativos, mas que não pode ser compreendida sem ter em conta a evolução territorial da região durante as últimas décadas. Dessas poeiras, essas lamas.

Leia mais

  • A infância em Gaza enfrenta um futuro marcado pelo trauma do genocídio
  • Compreenda o que foi a Nakba, a catástrofe do povo palestino
  • Uma segunda Nakba: ecos do êxodo de 1948
  • “Em Gaza já não há vida nem sonhos. Mas não vamos sair daqui”. Entrevista com Mahmoud Mushtaha
  • Israel usa a fome como arma de guerra contra civis de Gaza
  • “O mundo pode testemunhar isso e ficar em silêncio?”
  • Se sobrevivermos às bombas, o que restará das nossas vidas?
  • “Há um genocídio em Gaza. É preciso que permaneçamos humanos.” Entrevista com Refat Sabbah
  • “A origem da violência em Gaza está na ideologia racista da eliminação dos nativos”. Artigo de Ilan Pappé
  • O alarme da Santa Sé e as hipóteses sobre a situação pós-Netanyahu
  • “Este sionismo acabou num beco sem saída”. Entrevista com Moshe Zuckermann
  • Biden e Francisco apoiam a solução de dois Estados: os judeus italianos estão em uma encruzilhada. Artigo de Marco Politi
  • Hamas e Israel. Passo a passo das origens bíblicas e políticas da guerra e da criação do Estado de Israel! Artigo de Frei Jacir de Freitas Faria
  • Morrer pela ONU. Artigo de Raniero La Valle
  • MSF pede cessar-fogo imediato para acabar com derramamento de sangue em Gaza
  • “Em Gaza é preciso um cessar-fogo imediato, o pior inimigo de Israel é a direita”. Entrevista com Moshe Kahn
  • Tudo o que queremos em Gaza é viver
  • Genocídio em Gaza. “Netanyahu está levando o judaísmo ao fundo do poço”. Entrevista com Raniero La Valle

Notícias relacionadas

  • ¿A que le teme Israel? Fortalecimiento de lazos Irán-Latinoamérica

    LER MAIS
  • Indígenas, quilombolas e pescadores pedem à Alemanha que não importe produtos de quem agride suas vidas e território

    Povos indígenas, quilombolas, pescadores e pescadoras e extrativistas realizaram uma caminhada na Avenida das Nações, em Brasí[...]

    LER MAIS
  • As antigas diáconas voltam à cena, apesar de São Paulo

    "Até aqui, a evidência histórica. Mas o trabalho da Comissão criada por Francisco poderia não limitar-se a uma revisão de f[...]

    LER MAIS
  • Israel começa doutrina de punições e prêmios coletivos na Cisjordânia

    Dez meses depois do estouro da maior onda de violência em uma década, e a apenas 50 dias das eleições municipais palestinas [...]

    LER MAIS
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato

Av. Unisinos, 950 - São Leopoldo - RS
CEP 93.022-750
Fone: +55 51 3590-8213
humanitas@unisinos.br
Copyright © 2016 - IHU - Todos direitos reservados